domingo, 16 de outubro de 2016

ECONOMIA GLOBALIZADA

A Globalização hoje é um processo novo que integra comunidades e pessoas, encurta distâncias entre países através de transportes multimodais modernos e velozes e a moderníssima rede de comunicação que interliga os lugares no mundo por meio de cabos de fibra óptica alocados no fundo dos oceanos;  promove trocas comerciais, transações financeiras e trocas  culturais pelos quatro cantos do planeta. 
            Mas para muitos especialista a globalização se iniciou com as grandes navegações, no Sec. XVI,  e por isso ela não é algo tão novo assim. Ela é apenas um estágio avançado do mercantilismo surgido com as grandes navegações e a colonização de novos lugares pelo europeus. A atual globalização envolve vários setores como cultura, informação, política, esporte, geografia, mas principalmente a economia.
A globalização da economia favorece principalmente “as grandes empresas”. O processo produtivo tornou-se flexível, onde as empresas tem a liberdade de escolher seus espaços para instalar uma nova filial, sempre visando reduzir seus custos, e aumentar seus lucros. É nos países pobres ou emergentes que essas filiais buscam por de matéria prima abundante, energia, mão de obra barata e mercado consumidor.
Nesta concepção traz grandes benefícios para essas grandes empresas as chamadas multinacionais e para os países ricos que detém a matriz e é quem recebem os lucros e royalties vindos das filiais. Por outro lado essas filiais nos países pobres que apesar de gerar emprego local pagam baixos salários aos trabalhadores e agridem o meio ambiente cada vez mais.
Na economia globalizada é comum também a descentralização do processo produtivo, onde já se fala em “fábrica global”, o exemplo disso um computador de marca japonesa pode reunir diversas outras peças fabricadas por exemplo em Taiwan, Cingapura, México, Canadá etc. Fala se também em empresas transnacionais que já não pertence a nenhum país específico, mas ao grande capital como é o caso da “Kia Motors” empresa estruturada na Coreia com capital coreano, capital da Ford Americana e da Mazda Japonesa. Os benefícios disso são produtos mais competitivos em contrapartida um consumo generalizado e excessivo motivado pela mídia que impõe e implanta o desejo consumista nas pessoas.
Outro malefício para a economia na era da globalização, são as crises que surgem nos países ricos e vai formando uma bola de neve por todo o globo, como foi o caso da crise de 2008 nos Estados Unidos, que iniciou no setor imobiliário, afetou os bancos, indústrias e comércio, até mesmo outros países e cidade fornecedoras de matérias primas foram atingidas por essa crise  como por exemplo a cidade de Açailândia que é produtora e exportadora de ferro gusa, aqui toda cadeia produtiva sofreu os impactos dessa crise que gerou desemprego e fechamento de postos de trabalho.
Na atual Globalização nem todos se beneficia dela, há aqueles que estão excluídos do processo, Segundo projeções do Banco Mundial, cerca de 702 milhões de pessoas, ou seja 9,6% da população mundial, estão abaixo da linha da pobreza em 2015. Essa pessoas vivem com em média U$ 1,00 por dia, significa que não conseguem fazer nenhuma refeição adequada ao dia, que dirás usufruir por exemplo de um produto da “fábrica global” um Smartphone, um tablet ou note book ligado à internet.
O Geógrafo Milton Santos, no documentário O Mundo Global Visto do Lado de Cá, refere-se a globalização como “Globalitarismo”, por ela impor as regras no consumo, na moda nos costumes etc. Além de distanciar cada vez mais o rico do pobre e principalmente porque  as grandes mídias que serve ao grande capitalista manipula a maioria das pessoas, de forma que só vemos e ouvimos o que é transmitido por ela. Devemos por um ponto final nesta situação, e mudar nossas concepções em relação à sociedade consumista.

Referências:
BANCO MUNDIAL. O Banco Mundial prevê que a pobreza global caia abaixo de 10% pela primeira vez; obstáculos importantes permanecem na meta de erradicação da pobreza até 2030. World Bank, July 2003. Disponível em: http://www.worldbank.org/pt/news/press-release/2015/10/04/world-bank-forecasts-global-poverty-to-fall-below-10-for-first-time-major-hurdles-remain-in-goal-to-end-poverty-by-2030  . Acesso em: 11 ago. 2016.
ENCONTRO com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá. Direção:Sílvio Tendler. Caliban Produções. Rio de Janeiro, 2006.90 min. 35mm, COR, 2.140m, 24q.

Educação na Globalização: os pontos positivos e negativos.


Sem dúvida a educação também sofre os impactos da globalização, sejam eles positivos ou negativos. A internet um dos principais instrumentos da globalização, tem um papel importantíssimo na educação, como por exemplo, fazer um curso a distância, participar de uma teleconferência, um fórum de discussão, e tudo isso com custos bem inferiores do que  na educação presencial.
Não podemos deixar de falar que é possível estudar até mesmo através das redes sociais, (Facebook, Twitter etc.); pelos Chats ou Bate-Papo (WahtsApp, Oncast, Hangouts, Menssenger,etc). ou pelo menos que estes sirvam de suporte ao processo de ensino-aprendizagem. Pois a partir desses aplicativos, é possível a cooperação entre estudante, interação ao conhecimento por meio de sites das editoras, das universidades dentre outras instituições.
Paulo Freire aponta entre os saberes necessários à pratica educativa, entre outras coisas, os seguintes itens:  respeito aos saberes dos educandos, criatividade, ética, aceitação do novo, rejeição a qualquer forma de discriminação, e assunção da identidade cultural. (FREIRE, 1996, p.30-41). Mas aqui está o problema nem todos os profissionais da educação sabem manejar as novas tecnologias da informação (TICs) em prol do ensino aprendizagem, ou  não querem encarar o novo, além disso nem todos os estabelecimento de ensino dispões dessas tecnologias.
Na contra mão desse processo,  a mesma internet que pode fazer educação, que  pode promover trocas de ideias e conhecimentos; também traz destruição principalmente através das redes sociais e isso porque muitos não sabem separar o “joio do trigo”. E há quem está ali só para tirar proveito, como postar ideologia discriminatória ou preconceituosa ou hackear contas bancárias, informação sigilosa, se esconder atrás do mundo virtual para praticar a pedofilia ou comércio ilícito.
Qualquer cidadão de bem ou empresas está propenso, ao ataque dos piratas da rede mundial de computadores, o público mais vulnerável nesse universo, sem sombra de dúvidas são as crianças e os adolescentes, que são aliciados pela prostituição e outras coisas mais.
Na atual era da Globalização, é lamentável saber que as informações circula na velocidade da luz ao ponto de já não sabermos mais o que é verdadeiro e o que falso, se não fizermos um investigação minuciosa. É nesse contexto que a educação fica prejudica, quando a mentira passa como verdade. Ou quando simplesmente as pesquisas dos estudantes não passam de “Ctrl-C e  Ctrl-V”,   o educando de hoje já não querem pensar e produzir mais, apenas copiar o que está pronto de qualquer jeito no espaço cibernético.
Há de se pensar uma educação, onde poderemos usar essas ferramentas com responsabilidade e sabedoria, onde o educador e o educando possa construir conhecimentos juntos, porque só assim teremos cidadão críticos, politizados e globalizado.



FREIRE, P. Pedagogia da autonomia - saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.