quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

AVALIAÇÃO DA VOZ DOS PROFESSORES NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO, NA ESCOLA AULÍDIA GONÇALVES.

FACULDADE DE SELVÍRIA – FAS

INSTITUTO SUPERIOR DE SÃO PAULO - IESSP

DEPARTAMENTO DE PÓS- GRADUAÇÃO





AVALIAÇÃO DA VOZ DOS PROFESSORES NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO, NA ESCOLA AULÍDIA GONÇALVES.



AUTOR E FILIAÇÃO:



JORNANDES DA SILVA SANTOS



RESUMO



Este trabalho buscou avaliar embora que de forma superficial a voz de um grupo de professores na Escola municipal Aulídia Gonçalves, através de questionários aplicados. A pesquisa baseou-se em trabalhos com mesmo tema como tese de mestrado, monografia e artigos. É um tema complexo, mas desperta interesse por parte do leitor.

A fundamentação teórica foi dividida em três partes: Anatomia e fisionomia do aparelho fonatório que explica segundo alguns especialistas o processo de produção da fala. A segunda parte: Disfonia uma consequência do mau uso da voz, mostra os abusos acometidos pelos professores no exercício de sua função. A terceira mostra o dia a dia do professor.

Materiais e métodos é o assunto seguinte e logo em seguida, o resultado da pesquisa que apresenta-se como tópico principal e por último a conclusão deste artigo.



ABSTRACT



This study evaluated that although superficially the voice of a group of municipal school teachers in Aulidia Gonçalves, through questionnaires. The research was based on work with the same theme as master thesis, dissertation and articles. It is a complex issue, raising concern for the reader.

The theoretical framework was divided into three parts: anatomy and physiognomy of the phonatory apparatus that explains some experts say the process of speech production. The second part: Dysphonia a result of voice misuse, abuse shows affected by the teachers in the exercise of its function. The third shows the daily lives of teachers.

Materials and methods is the next subject, and shortly thereafter, the result of research that presents itself as the main topic and finally the conclusion of this article.



1. INTRODUÇÂO



È sabido por todos que a voz é o principal instrumento de trabalho do professor, pesquisas também apontam que a classe docente é a que está mais vulnerável as alterações vocais.

A falta de informação por parte do professor sobre o aparelho fonatório, o deixa em situação de risco em desenvolver qualquer tipo de disfonia e conseqüentemente o surgimento de nódulos, pólipos, calos vocais etc.

Como docentes que somos eis a nossa preocupação de pesquisar, estudar e redigir este artigo que trata do assunto.

O objetivo deste trabalho foi descobrir como e qual o grau de informação dispõe esse grupo de professores entrevistados, bem como saber como anda a saúde vocal dos mesmos partindo de investigações através de questionários e assim despertá-los para uma reflexão no que diz respeito aos cuidados com a voz e possível prevenção para evitar futuros transtornos vocais.

A pesquisa de campo foi realizada na Escola Aulídia Gonçalves dos Santos; onde constatou-se falta de informação por parte dos professores entrevistados em relação a sua voz e por consequência, mau uso da mesma.



2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO FONATÓRIO.

Segundo (ALMEIDA, 2000, o mecanismo fonatório acontece durante a fase expiratória da respiração. Para tal faz-se necessária uma atividade equilibrada de toda musculatura intrínseca da laringe, que é constituída pelos músculos aritenóideos, cricoaritenóideos laterais e feixe externo do tiroaritenóideos (músculos adutores).

Para (ALMEIDA, 2000) os músculos cricoaritenóideos posteriores, Constituem o mecanismo abdutor das pregas vocais. O mecanismo de tensão é realizado pelos músculos cricotireóideos e principalmente pela ação do feixe interno do músculo tiroaritenóideos

 

Imagem obtida no site:

http://www.ling.upenn.edu/courses/Summer_2004/ling001/lecture2.html

(ALMEIDA, 2000) explica que voz é produzida da seguinte maneira: durante a expiração as pregas vocais se aproximam em toda sua extensão, resultando num fechamento glótico e conseqüente aumento da pressão aérea subglótica. Estas duas forças opostas resultam na vibração das pregas vocais.

(ALMEIDA, 2000 apud BOONE, 1984) explica ainda que a pressão subglótica forma-se quando as pregas vocais são aproximadas.O volume de ar expirado que deixa os pulmões é retardado ao nível da glote, o que resulta em maior velocidade de fluxo de ar através da glote.

(ALMEIDA, 2000) esclarece ainda que: a pressão subglótica aumenta em relação a pressão aérea subglótica e as pregas vocais são separadas rapidamente, igualando as duas pressões (fase de abertura de um ciclo de vibração).

(ALMEIDA, 2000) esclarece ainda que devido a massa das pregas vocais e ao efeito de Bernouilli (efeito de sucção), elas se unem novamente à sua linha de aproximação prévia (fase de fechamento do ciclo de vocalização).

Segundo (ALMEIDA, 2000), o efeito de Bernouilli é a atração sugadora das pregas vocais, uma em direção à outra, causada pela maior velocidade do ar passando entre as pregas vocais aproximadas

(ALMEIDA, 2000 apud BOONE, 1984) explica que o ciclo vibratório funciona da seguinte forma: os adutores intrínsecos aproximam as pregas vocais quando a expiração inicia; a pressão sub aumenta; o fluxo de ar passa pela abertura glótica e separa as pregas vocais; a massa estática e o efeito de Bernouilli as aproximam novamente; o ciclo vibratório se repete.

(ALMEIDA, 2000 apud BOONE, 1984), este ciclo pode se repetir aproximadamente 125 vezes por segundo na vocalização de um homem adulto e 215 vezes por segundo em uma mulher adulta.



3. DISFONIA UMA CONSEQUÊNCIA DO MAU USO DA VOZ.



De acordo com (ALMEIDA, 2000 apud BOONE & McFARLANE, 1996), um grande contingente de professores que se submete ao tratamento fonoaudiológico, geralmente, não apresenta uma causa orgânica nos distúrbios da voz. Na maioria dos casos, a origem de tais distúrbios é funcional – uso inadequado da voz, respiração incorreta, má técnica vocal, choque térmico, hábito de fumar excessivamente, ingestão de bebidas alcoólicas, hábitos vocais inadequados. São esses distúrbios que caracterizam as chamadas disfonias.

Ainda segundo (ALMEIDA, 2000), quando estes profissionais apresentam alguma disfonia, persistindo por mais de vinte dias, como cansaço vocal, garganta áspera ou seca, esforço para falar, pressão na garganta, variação da voz durante o dia, incapacidade para falar por longos períodos, ardor na região da laringe, queimação na garganta, pigarro, tosse ao falar, falhas na voz, rouquidão ou perda da voz, recomenda-se que os mesmos procurem um fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista que trabalhe especificamente com laringe e voz, para que os agentes causadores destas alterações possam ser imediatamente diagnosticados.

(COLTON & CASPER, 1996), deixa claro que um diagnóstico precoce garante melhores resultados no tratamento de eventuais alterações e distúrbios vocais observados em professores e outros profissionais que utilizam a voz excessivamente, além de evitar problemas mais sérios que, com o tempo, podem aparecer.

Segundo o (BOLETIM EPISTEMOLÓGICO DE FEVEREIRO, 2006), Para melhor caracterizar o quadro, as disfonias são divididas em três grandes categorias etiológicas; Disfonia orgânica: independe do uso vocal, podendo ser causada por diversos processos, com conseqüência direta sobre a voz. Como exemplos, podemos citar alterações vocais por carcinoma da laringe, doenças neurológicas, inflamações ou infecções agudas relacionadas a gripes, laringites e faringites; Disfonia funcional: é uma alteração vocal decorrente do próprio uso da voz, ou seja, um distúrbio do comportamento vocal. Pode ter como etiologia o uso incorreto da voz, inadaptações vocais e alterações psicogênicas, que podem atuar de modo isolado ou concomitantemente. Disfonia organofuncional: é uma lesão estrutural benigna secundária ao comportamento vocal inadequado ou alterado. Geralmente, é uma disfonia funcional não tratada, ou seja, por diversas circunstâncias a sobrecarga do aparelho fonador acarreta uma lesão histológica benigna das pregas vocais.



4. O DIA A DIA DO PROFESSOR



Segundo (ALMEIDA, 2000, a maioria dos professores, por força de ocasião, costuma falar ininterruptamente por horas e horas seguidas, às vezes gritando e mantendo a intensidade aumentada tentando, com a voz, superar o ruído ambiental. Estes profissionais ainda apresentam, com relativa freqüência, uma postura inadequada e um padrão respiratório insuficiente para o bom desempenho de sua profissão.

(ALMEIDA, 2000) afirma ainda, que como conseqüência, estes profissionais apresentam sintomas muito peculiares como cansaço e fadiga vocal, perda da intensidade, ensurdecimento do timbre, rouquidões e afonias e, com o passar dos anos, ao exame otorrinolaringológico, nódulos, edemas, hiperemia e pólipos são freqüentemente encontrados.

Para (LAWDER, 2007), há um conjunto de fatores que funcionam como empecilho ao cuidado com a saúde vocal. De um lado, a dinâmica escolar, que cobra o cumprimento de regras e rotinas institucionais e, de outro, o próprio professor, que parece colocar em segundo plano o aspecto ‘saúde’, no que se refere à voz. Isso pode ocorrer por causa de uma formação educacional inadequada, bem como em função da preocupação em cumprir as obrigações institucionais, que o fazem esquecer da importância de sua voz no trabalho docente.



5. MATERIAIS E MÉTODOS



Os participantes desta pesquisa foram 10 professores de ensino fundamental da escola municipal Aulídia Gonçalves dos Santos, no Bairro Vila Ildemar em Açailândia-MA, sendo dois ( 20%) do sexo masculino e oito ( 80%) do sexo feminino.A Faixa etária desses professores varia entre 29 a 48 anos, com média de 38 anos.O tempo de docência foi bastante diversificado, com predomínio na faixa de 11 a 15 anos com um total de 6 professores (60%), 2 professores atuando numa média de 16 à 20 anos ( 20%); 1 professor atuando numa média de 6 à 10 anos (10%), e atuando na média de 20 anos ou mais apenas 1 professor ( 10)%. A carga horária de trabalho semanal variou entre dois extremos na faixa de 25 a 50 horas/aulas, com média de 37,5 horas semanais.

O instrumento de pesquisa foi aplicação de um questionário que induziu os professores a falar sobre como anda sua voz através de perguntas objetivas.

As respostas dadas por estes professores foram suficientes para fazer-se uma avaliação superficial da voz dos mesmos.



6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.



Os resultados aqui apresentado seguem a ordem do questionário aplicado na pesquisa.

80% dos entrevistados responderam que o número de aluno em sala de aula por turma é em média 41 a 50, os outros 20 % disseram que é em média 31 à 40 alunos.Isso leva a crer que há um esforço vocal por partes destes professores para ser ouvido por um número tão grande de alunos.

A estratégia de ensino mais utilizadas pelos professores entrevistados foi a aula expositiva correspondendo a 100% do total. Como era de se esperar esses profissionais falam muito, fato que prejudica a fala se não houver uma pausa ou uma mudança de estratégia de trabalho, porém os mesmos 10 professores entrevistados disseram também que utilizam outras estratégias de ensino, mas não como principal, como debates, leitura silenciosa entre outras.

Segundo Servilha & Monteiro, 2007 apud Lopes (2003) o papel do professor como transmissor de cultura recebeu uma grande importância e que esteve ligado ao chamado ensino tradicional, com características verbalistas, autoritárias e inibidoras da participação do aluno, sendo essas singularidades transferidas para a aula expositiva.

Ainda Segundo (SERVILHA & MONTEIRO, 2007 apud LOPES 2003) A aula expositiva tem sido apontada como a mais tradicional dinâmica de ensino e, também, como a mais empregada pelos docentes e a preferida pelos discentes. Esse fato pode ser resultante das incoerências existentes entre a formação teórica do professor e as situações de trabalho observadas nas instituições de ensino. A particularidade da aula expositiva nas diferentes intenções pedagógicas não implica que as características tradicionais dessa dinâmica tenham sido superadas.

O uso de recursos tecnológicos foi outro assunto levantado, 40 % dos entrevistados responderam que não utilizam nenhum tipo de recursos tecnológicos, 10% não respondeu esse quesito, os outros 50 % disseram que utilizam recursos tecnológicos em suas aulas como TV e DVD( 40%) e Projetor digital 10%.

(Masson 2001) explica que a existência de um recurso audiovisual permite intercalar o uso e o descanso vocal, impedindo períodos prolongados de fala, além de oferecer aulas mais atrativas, podendo melhorar a atenção e motivação dos discentes para o aprendizado.

Outros assuntos levantados no questionário foram:

*A ACÚSTICA DA SALA; onde 40 % disseram que não é boa o que acarreta um esforço vocal maior por parte do professor para ser ouvido, 60 % disseram que a acústica das salas é boa, talvez até por falta de discernimento sobre o assunto.

*RUÍDOS QUE ATRAPALHA A AULA e que exigem aumento do tom de voz dos professores também foram citados no questionário por 90% dos entrevistados, apenas 10 % disseram que não existe esse problemas nas suas aulas, dos ruídos citados 80% corresponde as conversas paralelas entre os alunos, 10 % corresponde a ventiladores funcionando com defeito, 10 % corresponde a alunos nos corredores.

*USO DE GRITOS PARA CESSAR A CONVERSA PARALELA; 90% dos professores entrevistado disseram que grita para cessar a conversa paralela, apenas 10% não se utiliza desse artifício, foram indagado também se os mesmo utilizam de outras estratégias para conter a conversa paralela, 70% disseram que sim, por exemplo: para de falar ou fala bem baixinho para chamar a atenção do corpo discente ou ameaça puni-los tirando pontos. O grito é um vilão para as cordas vocais segundo (ARAÚJO 2003) “deve-se EVITAR GRITAR E TOSSIR, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-las”. É muito comum nas salas de aula professores gritar para fazer calar os alunos, fato esse que foi comprovado nesta pesquisa.

* USO DE MICROFONE E CAIXA DE SOM; 100% dos entrevistados disseram que nunca utilizaram microfone e caixa de som na sala de aula. Hoje a nova modalidade é utilizar microfone e caixa amplificada para evitar um esforço vocal maior desses profissionais para ser ouvido, mas talvez por questões financeiras dos profissionais da educação ainda não utilizam esse recurso e na escola Aulídia a realidade não é diferente nenhum dos entrevistados dispõe desse recurso.

*TOMAR ÁGUA FREQUENTEMENTE DURANTE AS AULAS; 30% dos entrevistados disseram que toma água frequentemente em pequenos intervalos, 20% costuma tomar água no intervalo de cada aula e 50% do total só toma água no recreio. Como mostra a pesquisa à maioria dos entrevistados não toma água frequentemente em intervalos pequenos, isso deixa claro que há uma falta de informação por parte desses professores quanto aos cuidados com a voz.

Segundo (TEIXEIRA 2004), a hidratação é o fator de maior importância para o bom desempenho vocal. Suas bordas e pregas vocais não conseguem um bom desempenho se não estiverem hidratadas, lubrificadas. O primeiro sintoma é o ressecamento dessa musculatura e o aparecimento do "pigarro" (congestão da mucosa laríngea). A prevenção é muito simples e barata: de dois a três litros de água por dia. Não podem ser aceitas as justificativas das pessoas que dizem não sentir necessidade de água. A ingestão constante de água deve ser UMA OBRIGAÇÃO, principalmente quando o profissional da voz estiver trabalhando (a garrafa de água tem que estar junto dele por todo o tempo).

Ainda segundo (TEIXEIRA 2004), a partir do uso da água todas as sensações de incômodo na garganta, de ressecamento, sensação de corpo estranho, pigarros, dentre outros, tendem a desaparecer, evidenciando a melhoria da qualidade de vida da voz; bebidas e alimentos gelados costumam provocar um choque término, associado ao edema (inchaço) das pregas vocais, devem portanto ser evitados.

*DISTÚRBIOS VOCAIS; 60 % dos entrevistados responderam que apresenta rouquidão, cansaço e fadiga vocal, os outros 40% disseram que tem perda da intensidade da voz. Este tipo de alteração vocal já era de se esperar no meio dos entrevistados, pois segundos pesquisas o professor é o profissional mais vulnerável a estes tipos de disfonias.

* CONSULTA AO FONOAUDIÓLOGO; 70 % disseram que nunca consultou um fonoaudiólogo, 20 % disseram que já consultaram uma vez, 10 % que corresponde um dos entrevistados disse que já consultou mais de 3 vezes.

* CONSULTA AO OTORRINOLARINGOLOGISTA; 80% dos entrevistados nunca consultaram um otorrinolaringologista, 10% disseram que uma vez durante sua carreira e os outros 10% já consultaram mais de três vezes; sendo que 20% já fizeram exames com médico otorrinolaringologista enquanto que 80% nunca fizeram exames com otorrinolaringologista.

Como mostra a pesquisa estes profissionais estão desinformado quanto ao seu principal instrumento de trabalho que é a voz, essa falta de informação os levam a não consultar um especialista, agravando mais ainda os problemas vocais.

*NÓDULOS, EDEMAS, HIPEREMIA, PÓLIPOS, LARINGITE; Das moléstia destacadas no questionário, a laringite foi citada por 20% dos entrevistados os quais sofrem com esse problema.

Segundo (IKEHARA e IKEHARA 2004), o termo laringite significa inflamação da mesma e as suas possíveis causas são otites, rinites, sinusites, faringites, amigdalites, traqueites, bronquites, infecções pulmonares e o refluxo gastresofágico. “Os sintomas das laringites agudas são desde uma perda de voz até uma afonia severa; de uma simples falta de ar até uma asfixia e sintomas de defesa natural da laringe como tosse e espasmos”.

(IKEHARA e IKEHARA 2004), esclarece ainda que as causas da laringite crônica podem ser: crises frequentes de laringite aguda; uso exagerado de álcool e fumo, inalação de substâncias químicas em ambientes profissionais, respiração bucal de suplência, infecção das vias aéreas superiores, uso exagerado e inadequado da voz, exposição contínua ao calor ou ao frio e algumas doenças com distúrbios vasomotores”.

Dois dos dez professores entrevistados apresentam laringite, eles afirmam porque fizeram o exame de videolaringoscopia, os demais também podem apresentar alguma dessas moléstias, porém não sabem por que nunca fizeram exames dessa natureza.

* MEDIDAS QUE VENHAM MINIMIZAR OS PROBLEMAS VOCAIS NOS PROFESSORES; foram citadas, a criação de sistemas de saúde vocal para os professores, uso de microfone e caixa amplificada pelos professores nas aulas, redução na indisciplina dos alunos.

Como forma de despertar a conscientização nos profissionais que vier a ler este trabalho destacamos aqui algumas dicas segundo (ARAÚJO 2003):

• DEVE-SE BEBER, EM MÉDIA DOIS (2) LITROS DE ÁGUA POR DIA, de preferência em temperatura ambiente.

• DURANTE A ATIVIDADE VOCAL, DEVE-SE BEBER ALGUNS GOLES DE ÁGUA, para umidificar a garganta. A água deve estar em temperatura ambiente, para que não ocorra o choque térmico.

• EVITAR QUALQUER TIPO DE COMPETIÇÃO SONORA.

• EVITAR BEBIDAS ALCOOLICAS, pois o álcool tem um efeito anestésico, assim provoca a diminuição da sensibilidade, é onde na maioria das vezes ocorre um abuso vocal, lesando as pregas vocais.

• EVITAR GRITAR E TOSSIR, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-las

• NÃO FUMAR, a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secreções nas pregas vocais, e o ressecamento da mesma mucosa.

• EVITAR O AR CONDICIONADO, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.

• EVITAR O CONSUMO DE LEITE, CHOCOLATE E SEUS DERIVADOS ANTES A INTENSA ATIVIDADE VOCAL, pois esses alimentos aumentam a secreção de muco no trato vocal.

• PROCURE CONSUMIR ALIMENTOS FIBROSOS, como maçã, que é um adstringente, ou seja, agem limpando a boca e faringe

• PROCURE INGERIR SUCOS E FRUTAS CÍTRICAS

• PROCURE ESTAR VESTIDO (A) O MAIS CONFORTÁVEL POSSÍVEL, para que o seu vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório, nem mau postura.

• DURANTE A FONAÇÃO, MANTENHA A CABEÇA RETA, UMA POSTURA ERETA COM OS DOIS PÉS APOIADOS NO CHÃO, pois assim permite a passagem do ar sem dificuldades e o diafragma trabalha melhor.

• ARTICULAR BEM AS PALAVRAS, usando também expressões faciais para evitar o abuso vocal.

• Se a disfonia (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo



7. CONCLUSÃO



Ficou evidente que a classe de docentes é a uma das mais vulneráveis aos problemas vocais. Os sistemas de ensino seja público ou particulares deveria pensar com mais responsabilidade em seus profissionais, que são peças fundamentais na educação como um todo.

Medidas como fornecer acompanhamento de fonoaudiólogo, bem com o ministrar treinamento no que diz respeito aos cuidados com a voz e exercícios de aquecimento da mesma. Enfim promover uma conscientização desses profissionais, fazendo-os assim zelar melhor da sua ferramenta de trabalho que é a voz com medidas simples que destacamos no item anterior como tomar água em pequenos intervalos, não gritar nunca em sala de aula etc.



8.REFERÊNCIAS



SERVILHA, Emilse Aparecida Merlin, MONTEIRO, Ana Paula da Silva. Estratégias para obter a atenção discente no contexto universitário: o papel da voz do professor. São Paulo: Distúrbio Comum, 2007.

ALMEIDA E, Amália Pollastri de Castro. Trabalhando a Voz do professor: Orientar, prevenir e conscientizar. Monografia. Rio de Janeiro: CEFAC, 2000.

AYDOS, Bianca R. Silva, MOTTA, Lígia, TEIXEIRA, Simone Barcelos. Eficácia da hidratação na redução de queixas vocais de professores. Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia (número 2- jan/fev/mar de 2 000)

LAWDER, Jane Maria Rodrigues. As interferências dos distúrbios vocais no trabalho docente no ensino fundamental. CURITIBA: 2007.

ARAÚJO, Karla Roberta Lima de .Trabalho desenvolvido no 3º Período da UNIPÊ (Centro Universitário de João Pessoa)

IKEHARA. Eléa G. V. e IKEHARA. Edson Seiko . O que são faringites e laringites? Revista IN Online: 2004.

domingo, 7 de novembro de 2010

Galera do CE Lourenço Galletti

Galera do 1º ano A



Galera do 1º ano C 

 Galera do 1º ano B



 Galera do 1º ano D


Fernanda e francilene se acabando de sorrir 1º ano C.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Formação continuada

A formação continuada para professores da rede estadual de educação do Maranhão aconteceu nos dias 18 à 21 de outubro 2010. ( Professores de geografia)

sexta-feira, 19 de março de 2010

SAGA DA AMAZÔNIA

Composição: Vital Farias

Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta
mata verde, céu azul, a mais imensa floresta
no fundo d'água as Iaras, caboclo lendas e mágoas
e os rios puxando as águas
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Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores
os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores
sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir
era: fauna, flora, frutos e flores
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Toda mata tem caipora para a mata vigiar
veio caipora de fora para a mata definhar
e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira
e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira
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Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar
eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá
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O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar?
depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar
Igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar
____________________________

Mas o dragão continua a floresta devorar
e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar???
corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá
tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiurá
__________________________________

No lugar que havia mata, hoje há perseguição
grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
castanheiro, seringueiro já viraram até peão
afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé de Nana tá de prova, naquele lugar tem cova
gente enterrada no chão:
______________________________

Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro
disse um castanheiro para um seringueiro
que um estrangeiro roubou seu lugar
_________________________________

Foi então que um violeiro chegando na região
ficou tão penalizado que escreveu essa canção
e talvez, desesperado com tanta devastação
pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção
com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa
dentro do seu coração
_________________________________

Aqui termina essa história para gente de valor
prá gente que tem memória, muita crença, muito amor
prá defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta
era uma vez uma floresta na Linha do Equador...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Formatura

A colação de grau da turma de Geografia do CESI/UEMA (2003) aconteceu no dia 26 de janeiro de 2008.

Alguns dos formandos nessa foto:
da esquerda para direita: Júnior Márcio, Jornandes, Diana, Maritânia, Vice-reitor da UEMA, Reitor da UEMA  José Augusto Oliveira; Alessandra, Deusa, A diretora do curso de geografia : Luciléia; Ana Kátia, Reginaldo e Mayanna.


Quebrando o protocolo...
Recebendo o Grau...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ponto extremo a Oeste do Maranhão

Confluência do Rio Araguaia com o Rio Tocantins: è o ponto extremo a oeste do Maranhão.

Ponto Extremo a Leste do Maranhão.

Rio Iguaraçu é dos braços do Rio Parnaíba: o ponto mais extremo a Leste do Maranhão

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ponto extremo ao Norte do Maranhão

Foz do Rio Gurupi- ponto extremo ao Norte do Maranhão

Ponto extremo ao sul do Maranhão

Nascente do Riacho àguas quentes na Chapada das Mangabeiras é o
Ponto extremo ao sul do MA.

Imagens do Maranhão

.

Canção do descontentamento

Minha terra tem pobreza
Onde reina a corrupção
As ave não mais gorjeiam
Onde estão os bosques do Maranhão?
__________________
Nosso céu não tem mais estrelas,
Só políticos estrelas no trono.
São eles quem maltratam o povo
Achando que são nossos donos.
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Se ricos já fomos um dia...
Onde está está nobreza de então?
Sufocados por esssa oligarquia,
Somos últimos na educação;
e até por falta de moradia...
Eis aqui o campeão.
___________________
Não permita Deus que eu morra!
Nesta terra que um dia nascí,
Vendo as injustiças vencer
e os bacanas aí a sorrir;
E sem nada poder fazer
Apenas ler o que escreví.
__________________
A Educação que queremos


Falar sobre educação é algo bastante contraditório, visto que com um amontoado de técnicas sistematizadas, metodologias novas aplicadas à sala de aula, a inserção de recursos tecnológico nas escolas não é o suficiente para gerir uma educação de qualidade.
A educação brasileira como um todo está em processo de renovação, como exemplo disso a autonomia que as escolas dispõem hoje para elaborar seu projeto político pedagógico (PPP), os recursos tem sido ampliados e convertido em materiais didáticos e distribuídos gratuitamente para o corpo discente, os salários dos professores tem melhorado nos últimos anos. Mas eis a questão: está se preparando cidadãos críticos ou apenas trabalhadores técnicos para o mercado de trabalho?
É revoltante quando assistimos um telejornal, e vemos imagens de universitários espancando colegas e depois ainda dizem que foi uma brincadeira ou um trote universitário. É angustiante ler ou assistir notícias, como aquela em que jovens estudantes de direito atearam fogo em um índio nas ruas de Brasília, alegando ser um mendigo.
Que educação é essa onde as pessoas não se respeitam mais? Que educação é essa em que eleitores vendem os seus votos, mesmo tendo um alto grau de estudo.
A liberdade que queremos, e que deve ser oferecida nas escolas é aquela em que renasce um cidadão digno, capaz de amar, de servir, de reivindicar seus direito e acima de tudo respeitar o direito dos outros. A educação que queremos é essa que não seja apenas utopia, que não seja apenas projeto pedagógico, mas que saia do papel e que assim as escolas possam a cada dia concretizar esse sonho e que o professor; que é a pedra fundamental nessa engrenagem possa desempenhar seu papel com sucesso e que ao final de a cada ano letivo possa bater no peito e dizer que cumpriu sua missão que é ser um formador de opinião.















Autor : Jornandes da Silva Santos
11 de outubro de 2009